A Fé Antiga e Perene Falando ao Mundo Atual: Temas Teológicos, Notícias, Reportagens, Comentários e Entrevistas à luz da Fé Ortodoxa.

segunda-feira, 29 de março de 2010

GRANDE SEGUNDA-FEIRA SANTA

MATINS: Mateus 21:18-43  

HORA SEXTA: Ezequiel 1:1-20     

VÉSPERAS: Êxodo 1:1-20; Jó 1:1-12

LITURGIA DOS DONS PRÉ-SANTIFICADOS: Mateus 24:3-35

  

Comparação entre Cristo e José, Filho de Jacó

nymphios Neste dia começa a comemoração da Santa Paixão do Salvador. O Patriarca José, do Antigo Testamento, e símbolo de Cristo, era o décimo primeiro filho de Jacó. Porque seu pai o amava muito, seus irmãos –movidos por ciúmes – lhe vendera para mercadores estrangeiros, que por sua vez, venderam-no como escravo aos egípcios. Insultado por sua castidade foi jogado na prisão.

Assim como José foi rejeitado por seus irmãos, Cristo foi rejeitado pelo seu povo. José foi vendido por 30 moedas de prata pelos seus irmãos; também Judas, o discípulo de Cristo, traiu o Senhor pela mesma quantidade. Como José foi deixado para morrer em uma vala, assim também, Jesus foi sepultado. José, da humilhante escravidão fora exaltado, tornando-se um poderoso governante no Egito; assim, também, Cristo foi vitorioso sobre a morte através de sua ressurreição.

Portanto, José simbolizada em si a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e de sua grande glória. (Gn 11:41).

Na Grande Segunda-Feira Santa também se faz menção da figueira estéril que foi amaldiçoada pelo Senhor.

Após sua entrada triunfal em Jerusalém, Jesus viajou para Betânia. Cansado e com fome, viu de longe uma figueira. Ao chegar à árvore, viu que não tinha frutos. A figueira representa a sinagoga dos judeus, a qual não possuía os frutos necessários da virtude e da justiça, por isto, o Senhor os despiu de toda a graça espiritual. (Mateus 21:18-20). Cristo compara o figo ao pecado. Tal como o figo é doce, assim, o pecado é atraente e desejado.

O ofício da Grande Segunda-Feira Santa, tem início ao anoitecer do Domingo de Ramos  com a celebração das Matinas. Na Igreja Ortodoxa os ofícios seguem a ordem da Criação, cuja cronologia conclusiva se dá a partir do entardecer: “houve tarde e noite...”, a qual norteia a prática litúrgica do Velho Testamento.

 

Tradução e adaptação: Pe. Mateus

domingo, 21 de março de 2010

V Domingo da Grande Quaresma – Domingo de Santa Maria do Egito

Epístola: Hebreus 9, 11-14

Evangelho: Marcos 10, 32-45

 

Santa Maria do Egito

maria_do_egito2 A biografia desta maravilhosa santa foi escrita por São Sofronius, o Patriarca de Jerusalém.

Uma vez, durante o honorável jejum quaresmal, o ancião Hieromonge Zosimus, retirou-se ao deserto além do Jordão, numa jornada de vinte dias. De repente, ele viu uma pessoa com um corpo murchado e nu cujo cabelo era tão branco como a neve e que começou a fugir da visão de Zosimus. O ancião correu por um tempo até esta pessoa que se agachou em um riacho e gritou:

"Abba Zosimus perdoe-me pelo amor do Senhor. Eu não posso olhar porque eu sou uma mulher nua".

Zosimus então lançou sua roupa exterior para ela que, após se vestir, se apresentou perante ele. O ancião ficou temeroso ao ouvir seu nome falado pela boca desta mulher que ele não conhecia.

Seguindo sua prolongada insistência, a mulher relatou sua história de vida. Ela nasceu no Egito e com a idade de vinte anos começou a viver uma vida de prostituição em Alexandria onde ela passou dezessete anos nesta forma pervertida de vida. Guiada por uma chama adúltera da carne, um dia ela tomou um barco que estava indo para Jerusalém. Chegando à Cidade Santa, quis entrar na igreja de modo a venerar a Honrável Cruz, mas alguma força invisível a conteve e lhe impediu de entrar na igreja. Em grande temor, a mulher contemplou o ícone da Toda Santa Mãe de Deus no vestíbulo e orou para que lhe fosse permitido entrar na igreja para venerar a Honrável Cruz, de uma só vez confessando seus pecados e impurezas e prometendo que ela iria onde quer que fosse que a Toda Pura a dirigisse. Então foi-lhe permitido entrar na igreja.

Tendo venerado a Cruz, novamente entrou no vestíbulo e, perante o ícone, deu graças a Mãe de Deus. Naquele exato instante ela ouviu uma voz dizendo:

"Se você passar além do Jordão irá encontrar o lugar real!"

Imediatamente a mulher comprou três pães e começou a jornada para o Jordão aonde chegou naquela mesma noite. No dia seguinte recebeu a Santa Comunhão no Mosteiro de São João e atravessou o rio Jordão.

A mulher permaneceu no deserto por quarenta e oito anos em grande tormento, medo e luta com pensamentos apaixonados como se com bestas selvagens. Ela se alimentava de vegetação.

No encontro entre o Padre Zosimus e Santa Maria do Egito, o ancião a viu levitar durante a oração. Ao se despedirem, ela pediu para que ele lhe trouxesse a Santa Comunhão no próximo ano na costa do Jordão, aonde ela viria, então, para receber.

No ano seguinte, Zosimus chegou na costa do Jordão à noite com a Santa Comunhão. Ele desejava saber como esta santa iria atravessar o Jordão. Naquele momento, na luz da lua, ele a avistou de longe e, ao chegar próxima do rio, fez o sinal da cruz sobre ele e andou sobre as águas como se sobre terra seca. Depois de Zosimus administrar a Santa Comunhão, ela lhe pediu para vir no próximo ano ao mesmo riacho.

No ano seguinte, ao chegar ao local do encontro marcado, Zosimus encontrou o corpo da Santa já sem vida. Sobre sua cabeça na areia estava escrito:

"Abba Zosimus, enterre o corpo da humilde Maria neste sitio; faça o pó voltar ao pó. Eu morri em 1 de abril, à mesma noite do sofrimento de Cristo, o salvador, logo após receber a Comunhão dos Divinos Mistérios".

Assim, Zosimus enterrou o corpo desta maravilhosa santa, Maria do Egito. Quando ele retornou ao mosteiro relatou a história da vida dela e os milagres que ele mesmo pessoalmente presenciou. Assim, o Senhor sabe como glorificar os pecadores penitentes.

Santa Maria é também comemorada no Quinto Domingo da Quaresma. A Igreja mantém Santa Maria do Egito como um exemplo e incentivo para os fiéis ao arrependimento durante estes dias de jejum. Maria adormeceu por volta do ano 530.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Os Santos Mártires Crisantus e Daria e os outros com Eles.

crisantus Crisantus era o filho único de Polemius, um distinto patrício, que se estabeleceu em Roma vindo de Alexandria. Como filho de pais ricos, Crisantus estudou todos os assuntos seculares, tendo os mais estudados homens como instrutores. Mas a sabedoria secular o confundiu e o deixou na incerteza sobre o que é a verdade. Como resultado disto entrou em crise. Mas Deus, que planeja tudo, aliviou sua aflição. Uma cópia escrita dos Evangelhos e do Atos dos Apóstolos veio às mãos do jovem Crisantus. Tendo-os lido, Cristantus foi iluminado com a verdade, e ele desejou um mestre e encontrou um na pessoa de certo padre, Carpoforus, que o instruiu e o batizou.

Isto não agradou ao seu pai, que tentou tudo para o dissuadir de crer em Cristo. Não tendo sucesso, seu pai tentou lhe corromper o colocando sozinho com uma mulher imoral. Nisto, Crisantus foi vitorioso sobre si mesmo e perseverou em castidade.

Seu pai, então, o coagiu a casar com Daria, uma jovem pagã. Crisantus aconselhou Daria a abraçar a Fé em Cristo e viver juntos como irmão e irmã, apesar de fingirem serem casados. Quando seu pai morreu, Crisantus começou a confessar Cristo abertamente e a viver como um cristão, tanto ele como sua casa inteira. Durante o reinado do imperador Numeriano, ele e Daria foram cruelmente torturados por sua fé. O torturador Claudius, testemunhando a paciência destes honráveis mártires e os milagres que eram manifestos durante a agonia deles, abraçou a Fé de Cristo com toda a sua casa. Por isto, Claudius foi afogado. Ambos os seus filhos foram decapitados. Sua esposa, depois de recitar orações, morreu nas forcas. Daria era tão firme em sua fé que os pagãos clamaram, "Daria é uma deusa!".

Finalmente, foi decretado que Crisantus e Daria fossem enterrados numa cova funda e coberto com pedras. Depois uma igreja foi eregida neste sítio. Havia uma caverna perto desta cova onde alguns cristãos se reuniam para a oração e comunhão em memória dos Santos Crisantus e Daria. Ouvindo disto, os pagãos atacaram e trancaram esta caverna. Por uma tal morte, os pagãos retiram estes cristãos deste mundo para um mundo melhor onde Cristo reina eternamente. Estes gloriosos mártires, Crisantus

e Daria e os demais, entre o quais estavam Diodorus, o padre, e Marianus, o diácono, sofreram por Cristo em Roma no ano 284.

quinta-feira, 11 de março de 2010

IV Quinta-Feira da Grande Quaresma

S. Sofrônio, patriarca de Jerusalém († 638).

Jejum

Matinas: Is 28, 14-22;
Vésperas: Gn 10, 32-11, 9; Pr 13, 20-14, 6

São Sofronius, Patriarca de Jerusalém, 11 de Março

sofronio_11_03 Sofronius nasceu em Damasco de pais distinguidos. Apesar de haver adquirido sabedoria terrena, ele foi, não obstante, não vivia satisfeito e foi procurar adquirir sabedoria espiritual.

No mosteiro [Lavra] de São Teodósio, ele se encontrou na companhia de um monge, João Moschus, quem ele escolheu para ser seu professor, e com quem visitou mosteiros e  ascetas no Egito. Sua palavra de ordem "Cada dia aprender mais a respeito da sabedoria espiritual". Tudo o que eles aprenderam escreveram e publicaram em dois livros sob o título, "Prado espiritual".

Depois,  viajaram para Roma, onde Moschus morreu deixando um testamento para Sofronius para ter seu corpo levado, ou para o Sinai ou para o Mosteiro de São Teodósio. Sofronius cumpriu as vontades e desejos de seu professor e transladou seu corpo para o Mosteiro de São Teodósio e depois permaneceu em Jerusalém, que naquele tempo, foi liberta dos persas.

Sofronius esteve presente no Translado da Santa Cruz da Pérsia para Jerusalém e viu como o Imperador Heráclius levou a Cruz seus ombros para dentro da Cidade Santa. O idoso Patriarca Zacarias, que havia também retornado da escravidão, não viveu muito tempo depois. O Patriarca Zacarias foi substituído por Modestus que morreu em 634. Modestus foi substituído pelo Bem-aventurado Sofronius.

Este santo governou a Igreja por dez anos com sabedoria e zelo excepcionais.  levantou-se em defesa da Ortodoxia contra a heresia do Monotelismo, a qual foi condenada pelo Concílio em Jerusalém antes de ser condenada no Sexto Concílio Ecumênico [Constantinopla, 680].

Sofronius escreveu a vida de Santa Maria do Egito, compilou a Ordem da Grande Benção da Água, e introduziu diversos novos hinos e canções em vários serviços litúrgicos.

Quando o califa árabe capturou Jerusalém, Sofronius lhe implorou que poupasse as vidas dos cristãos que Omar insinceramente prometeu. Quando Omar começou a saquear e maltratar os cristãos em Jerusalém, Sofronius, com lamentação, orou à Deus para levar a si mesmo dentre os vivos na terra, de modo que não testemunhasse a profanação dos santos santuários. Deus ouviu sua oração e tomou Sofronius para si mesmo em sua mansão celeste no ano 644.

quarta-feira, 10 de março de 2010

IV Quarta-Feira da Quaresma

S. Quadrato de Corinto e cc., mártires († 258).

Jejum

Matinas: Is 26, 21-27, 9;
Vésperas: Gn 9, 18-10, 1; Pr 12, 23-13, 9

O Santo Mártir Codratus de Corinto e Outros Consigo

ALLSAINT Durante o tempo da perseguição aos cristãos, muitos dos fiéis fugiram para as montanhas e para as cavernas. Assim fez a mãe de Codratus. Ela estava grávida na época e deu à luz a Codratus em na floresta e morreu logo depois. Codratus foi cuidado, alimentado e guiado pela Divina Providência e por seu Anjo da Guarda. Codratus cresceu na natureza e em solidão.

Quando ele tinha doze anos de idade, entrou na cidade e lá alguns homens benevolentes se ligaram a ele e lhe proveram uma educação. Estudou medicina e curou os doentes, muitos com curas naturais e mais ainda pelo poder do espírito e oração, ao que era acostumado desde sua infância.

Quando uma nova perseguição começou sob Décio, Codratus foi levado a julgamento e posto em prisão. Cinco companheiros se juntaram a ele e confessaram o nome de Cristo. Eles eram Cipriano, Dionísios, Anectus, Paulo e Crescens. Todos estes foram arrastados pelas estradas pelos pagãos. Eles foram batidos com varas e apedrejados até que eventualmente foram levados ao andaime. Lá, os mártires oraram a Deus e foram decapitados.

Neste local uma fonte jorrou água do chão a qual até hoje é chamada pelo nome de Codratus e, é uma lembrança da heróica morte destes seis santos inocentes por Cristo.

Eles honorificamente sofreram pela verdade no ano 250 em Corinto durante o reinado do imperador Décio e seu governador, Jason.

terça-feira, 9 de março de 2010

IV Terça-Feira da Grande Quaresma

Ss. Quarenta Mártires de Sebaste († 322).

Jejum

Matinas: Is 25, 1-9
Vésperas: Gn 9, 8-17; Pr 12, 8-22

Os Quarenta Santos Mártires de Sebástia

Todos estes mártires foram soldados no exército romano e possuíam fé no Senhor Jesus.

Quando a perseguição dos cristãos começou durante o reino de Licinius, oram levados à corte ante o comandante. Quando este lhes ameaçou tira-lhes a honra de soldados, um deles, São Candidus, respondeu:

"Não apenas a honra de ser soldado, mas leva, também, nossos corpos, porque nada é mais querido e honrável, para nós que Cristo, nosso Deus".

Depois disto, o comandante ordenou aos seus servos apedrejar os santos mártires. Enquanto os servos estavam lançando pedras nos cristãos, as pedras voltaram e atingiram os servos, lhes golpeando severamente. Uma das pedras atingiu a face do comandante, arrancando-lhe os dentes dele. Os torturadores, raivosos como bestas selvagens, amarraram todos os santos mártires e os lançaram num lago e colocaram um guarda ao lado do

mesmo para prevenir uma possível fuga. Houve um terrível frio e o lago congelou em volta dos corpos dos mártires. Assim a dor e o sofrimento deles forma intensificados.

Tirando proveito da situação, no intento de persuadir os mártires a negar Cristo e reconhecer os ídolos de Roma, os torturados aqueceram um banho ao lado do lago à vista dos mártires congelados. De fato, um deles foi convencido. Ele saiu da água e entrou no banho. De repente, uma luz extraordinária apareceu do céu que aqueceu a água no lago e os corpos dos mártires. Com esta luz, trinta e nove grinaldas desceram do céu sobre suas cabeças. Ao ver isto, um guarda na costa removeu toda suas roupas, confessou o Nome do Senhor Jesus e entrou no lago, de modo que ele se tornou digno da quadragésima grinalda no lugar do traidor. De fato, a ultima grinalda desceu do céu sobre ele.

No outro dia a cidade inteira ficou admirada quando viram que os mártires estavam ainda vivos. Então, o juiz ordenou que a parte de baixo de suas pernas fossem quebradas e seus corpos afundados na água de modo que os cristãos não os pudesse recuperar.

Ao terceiro dia os mártires apareceram a Pedro, o bispo local, e o chamaram para juntar suas relíquias e as remove-las da água. O bispo com seus clérigos saiu na escuridão da noite e viu as relíquias dos mártires lustrando brilhantemente na água. Cada osso que foi separado dos seus corpos flutuava ao topo e ardiam como uma vela. O bispo Pedro os reuniu e os sepultou honradamente. Eles sofreram honradamente e foram coroados com glória imarcescível no ano 322.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O Santo Mártir Conon de Isauria († 275)

 

Conon foi levado a Fé em Cristo e Batizado em nome da Toda Santa Doadora da Vida Trindade pelo Arcanjo Miguel, o Comandante das Hostes Angélicas de Deus. Até sua morte, o arcanjo de Deus invisivelmente o observou. Conon foi iluminado e agraciado com a Graça do Espírito Santo tal que seu coração não foi guiado por nada mundano, mas apenas pelo espiritual e celeste. Quando os seus pais o forçaram a casar, na primeira noite ele tomou uma vela e colocou-a debaixo de um utensílio e perguntou a sua noiva, "O que é melhor, luz ou escuridão?" Ela replicou, "Luz". Ele então começou a conversar com ela a respeito da Fé em Cristo e da vida espiritual como sendo muito superior e mais atraente que a física. Nisto ele teve sucesso. Depois Conon converteu sua esposa e os pais dela à Fé em Cristo. Conon e sua esposa viveram como irmão e irmã. Logo após, sua esposa e pais morreram, e ele se retirou completamente desta vida mundana e se devotou completamente à oração, jejum e pensamentos pios. Ele realizou grandes milagres através dos quais ele converteu muitos à cristandade. Entre outros exemplos, Conon compeliu espíritos malignos para servir a ele. Durante o tempo da perseguição, ele foi capturado, torturado e atravessado com faças. Os doentes ungiram a si próprios com seu sangue e foram curados. Depois disto, ele viveu por mais dois anos na cidade de Isauria e se apresentou diante do Senhor. Este glorioso santo viveu e foi martirizado no segundo século.

terça-feira, 2 de março de 2010

Teodotus, Bispo de Cirenia da Ilha de Chipre

teodotos_02_03 Por causa de sua sabedoria e bondade, Teodotus foi eleito para o episcopado e governou a Igreja de Deus com amor e zelo. Quando a perseguição aos cristãos começou durante o reinado do imperador Licinus, este homem divino foi levado para julgamento e submetido a muitas torturas. Quando o torturador lhe aconselhou negar o Cristo e se prostrar perante os ídolos pagãos e os adorar, Teodotus replicou.

"Se você conhecesse a divindade de meu Deus em Quem eu espero, que por causa destes sofrimentos temporários, irá me fazer digno da vida eterna, você também desejaria sofrer do mesmo jeito que eu".

Os torturadores começaram a golpear o corpo dele com pregos, e ele orou à Deus com gratidão. Pensando que seu fim estava perto, Teodotus aconselhou e ensinou os cristãos que estavam ajuntados em volta dele.

Pela Providencia de Deus, o Imperador Constantino naquele tempo proclamou a liberdade aos cristãos e ordenou que todos os sentenciados fossem libertados pelo amor de Cristo. E então, este santo foi libertado e retornou a sua posição prévia em Cirenia. Torturado como foi, Teodotus viveu muitos mais anos. Depois disto, ele encontrou repouso no Senhor, a Quem fielmente serviu e para Quem ele sofreu. No ano 302 sua vida terrena terminou e foi transladado para as mansões de nosso Senhor.