A Fé Antiga e Perene Falando ao Mundo Atual: Temas Teológicos, Notícias, Reportagens, Comentários e Entrevistas à luz da Fé Ortodoxa.

quinta-feira, 21 de junho de 2012


Fé Ortodoxa em Cuba dá primeiros passos

Milena Faustova
20.06.2012, 15:54
Fé Ortodoxa em Cuba dá primeiros passos
A igreja de Ícone da Nossa Senhora de Kazan
Foto: AFP 
Imprimirenviar por E-mailPostar em blog

Na província ocidental cubana - Pinar del Rio – foi pela primeira vez celebrado o culto litúrgico da Igreja Cristã Ortodoxa em que participaram tanto os russos residentes na Ilha da Liberdade, como os cubanos étnicos.

Acontece que em Cuba se tem dedicado cada vez mais atenção à Fé Ortodoxa e à Igreja Ortodoxa Russa, revelou em entrevista à emissora VR o pároco da igreja do Ícone da Nossa Senhora de Kazan em Havana, Dmitri Orekhov.
"Os habitantes da ilha se convertem em cristianismo ortodoxo, conservando uma atitude positiva em relação à Rússia e à antiga União Soviética. Além disso, têm em alto apreço a cultura tradicional russa. Por exemplo, na nossa igreja paroquial há uma biblioteca, cursos de língua russa e uma sala onde se exibem filmes russos. O idioma russo também pode ser aprendido na Universidade de Havana. Assim, aos poucos, através do aspecto cultural, os cubanos vão tomando conhecimento da espiritualidade ortodoxa e acabam por adotar a Ortodoxia. Na nossa igreja que, aliás, foi construída há bem pouco tempo, já se converteram 15 cubanos."
A igreja de Ícone da Nossa Senhora de Kazan surgiu em 2008, sendo, até hoje, um único templo ortodoxo na ilha e chamado, com frequência, a casa de amizade dos povos russo e cubano. As obras foram iniciadas com um consenso do líder cubano Fidel Castro que até arranjara um mosaico esplendido para embelezar a nossa igreja.
Mas a história da Ortodoxia russa na Ilha de Liberdade remonta aos finais do século XVIII, altura em que as pessoas oriundas da Rússia começaram a visitar esta rica província ultramarina de Espanha. Nos anos 20 do século XX, em Cuba desembarcaram representantes da primeira onda de imigração russa. Hoje em dia, segundo dados oficiais, em Cuba residem 10 mil falantes russos entre os quais os naturais da Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Moldávia e outras ex-republicas da extinta URSS. Num único templo russo não podem caber todos os crentes que se reúnem para a oração e cujo número tende a crescer.
"Curioso será notar que as dioceses católicas da ilha concedem espaços de suas igrejas para a celebração de cultos ortodoxos, como é no caso da Pinar del Rio."
"Temos mantido boas relações com outras confissões cristãs, o que contribui para a conservação do Cristianismo", - adianta o padre Dmitri.
Atualmente em Cuba se desenvolvem também as práticas locais pagãs como a assim chamada santéria . Por isso, os cristãos ortodoxos, católicos e protestantes compreendem a necessidade de consolidar a Fé Cristã e, nessa vertente, temos colaborado com as demais confissões para que o povo cubano venha tomar juízo e possa perceber e aceitar a Verdade. Com certeza, a maior parte dos cubanos professa o Cristianismo, mas ao longo de decênios, os crentes foram tratados com desprezo. Todavia, presentemente, na área religiosa, a situação tem vindo a mudar para o melhor. A ilha foi visitada pelo Papa de Roma. Como se vê, para o florescimento do Cristianismo existem vários fatores positivos e, digamos assim, um terreno propício.
Cumpre indicar que, atualmente, em vários países da America do Sul, foram abertas 50 igrejas e paróquias do Patriarcado de Moscou. As obras de construção em larga escala foram realizadas graças ao processo de reunificação da Igreja Ortodoxa Russa e da Igreja Ortodoxa Russa no Exterior. Lembre-se que, há exatamente 5 anos, em 17 de maio de 2007, na capital russa foi celebrada a Ata de Comunhão Canônica que pôs termo à cisma entre duas partes da Ortodoxia Russa – o Patriarcado de Moscou e a Igreja ortodoxa Russa no Exterior.

Fonte: Voz da Rússia

domingo, 3 de junho de 2012

O Espírito Santo Na Tradição Ortodoxa


O Espírito Santo Na Tradição Ortodoxa

Paul Evdokimov

(1901-1970), teólogo leigo, cristão ortodoxo, nasceu em São Petersburgo, e no contexto da revolução russa imigrou para França onde começou por trabalhar como operário na indústria automóvel. Mais tarde foi professor no Instituto Saint-Serge de Paris. O seu empenhamento em favor do ecumenismo e aproximação entre as espiritualidades cristãs do oriente e ocidente valeu-lhe ser convidado, como observador, para o Concílio Vaticano II.




Simone Weil encontrou uma imagem surpreendente de verdade:

“Invocar o Espírito pura e simplesmente; um apelo, um grito. Como quando se está no limite da sede, que se está doente de sede, já não nos representamos o ato de beber em relação a si mesmo, nem mesmo em geral o ato de beber. Representamo-nos somente a água, a água tomada por si mesma, mas esta imagem da água é como um grito de todo o ser”.

Os Padres exprimem a mesma verdade em termos teológico, mas desde que se trate do Espírito Santo, eles renunciam às expressões habituais, falam uma outra linguagem, cheia de uma admiração sem limites, uma espécie de embriaguez.

O Espírito desce no mundo, mas a sua Pessoa dissimula-se na sua própria epifania (aparição). Ele manifesta-se apenas nos seus dons e nos seus carismas. O grande mistério cobre-o. As suas imagens na Escritura são imprecisas e fugitivas: sopro, chama, perfume, unção, pomba, sarça ardente. São Simeão, o Novo Teólogo, diz:

“O Teu Nome, tão desejado e constantemente proclamado, ninguém poderia dizer aquilo que ele é”.

Na Epifania, desce do céu como uma Pomba e repousa sobre Jesus. Nas suas manifestações, ele é um movimento “para Jesus”, a fim de o tornar visível e manifesto. A sua presença está escondida no Filho como o sopro e a voz que se apagam diante da palavra que eles tornam audível. Se o Filho é a imagem do Pai e o Espírito Santo a imagem do Filho; o Espírito, dizem os Padres, é único a não ter a sua imagem numa outra Pessoa, ele é essencialmente misterioso.


A Economia Trinitária da Salvação

A Igreja é ao mesmo tempo fundada sobre a Eucaristia e sobre o Pentecostes. O Verbo é o Espírito, as “duas mãos do Pai”, segundo a expressão de Santo Ireneu, são inseparáveis na sua ação manifestadora do Pai e, no entanto inefavelmente distintos. O Espírito não é subordinado ao Filho, ele não é função do Verbo, ele é o Segundo Paráclito, como o diz São Gregório Nazianzeno: “Ele é um outro Consolador... como se ele fosse um outro Deus”. Vemos nas duas economias do Filho e do Espírito a reciprocidade e o mútuo serviço, mas o Pentecostes não é uma simples conseqüência nem uma continuação da Encarnação. O Pentecostes tem todo o valor em si mesmo, ele é o segundo ato do Pai: O Pai envia o Filho e agora envia o Espírito Santo. Terminada sua missão, o Cristo volta para o Pai para que o Espírito desça em Pessoa. São Simeão, o Novo Teólogo, sublinha o caráter pessoal da missão do Espírito: “O Espírito não permanece estranho à vontade da sua missão... Ele realiza pelo Filho aquilo que o Pai deseja, como se fosse o seu próprio querer”. Ao mesmo tempo, ele nos “consola” da ausência visível do Cristo. A palavra Paraclitos significa: “aquele que é chamado junto”, aquele que está “perto de nós” como nosso defensor, advogado e testemunha da nossa salvação pelo Cristo.

O Pentecostes aparece como o fim último da economia trinitária da salvação. Ao acompanharmos os Padres, podemos dizer que o Cristo é o grande Precursor do Espírito Santo.

Santo Atanásio diz:

“O Verbo assumiu a carne para que nós pudéssemos receber o Espírito Santo. Deus fez-se sarcóforo para que o homem se pudesse tornar pneumatóforo”.

Para São Simeão, o Novo Teólogo:

“Tais eram a finalidade e o objetivo de toda a obra de nossa salvação pelo Cristo, que os crentes recebam o Santo Espírito”.
Igualmente, Nicolau Cabasilas:

“Qual é o efeito e o resultado dos atos do Cristo?... não é nada mais que a descida do Santo Espírito sobre a Igreja”. O próprio Senhor o diz: “E melhor para vós que eu parta... Eu suplicarei ao Pai e Ele vos dará um outro Paráclito”.

Assim a Ascensão do Cristo é a epiclese por excelência porque divina; o Filho suplica ao Pai que dê o Espírito Santo e, como resposta à súplica, o Pai envia o Espírito e faz vir o Pentecostes. Essa visão total das economias não diminui em nada o caráter central da Redenção crística e do sacrifício do Cordeiro, mas precisa a ordem progressiva dos acontecimentos e mostra o Filho e o Espírito cada um na sua própria grandeza e dimensão, cada um servindo o outro numa reciprocidade e num mútuo serviço e convergindo em conjunto para o Reino do Pai.

Durante a missão terrestre do Cristo, a relação dos homens ao Espírito Santo apenas se realizava em Cristo e pelo Cristo. Em compensação, após o Pentecostes é a relação ao Cristo que se realiza pelo Espírito e no Espírito Santo.

Com efeito, na época do Evangelho, o Cristo era historicamente visível, ele estava diante dos seus discípulos. A Ascensão suprime a visibilidade histórica: “O mundo não me verá mais” e nisso a partida do Senhor é real. Mas o Pentecostes restitui ao mundo a presença interiorizada do Cristo e o revela agora não diante, mas no interior dos seus discípulos. “Eu virei a vós... eu estarei convosco até ao fim do mundo”; a presença do Senhor é tão real como a sua partida. “Nesse dia (dia de Pentecostes) vós conhecereis que eu estou em vós.” Essa interiorização opera-se justamente pelo Espírito Santo, como o diz São Paulo: “O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Santo Espírito” (Rm 5,5). É pelo espírito que nós dizemos “Abba Pai” e pronunciamos o Nome de Jesus.

Na expressão “um outro Consolador”, podemos entender quase a identificação que faz o Cristo entre a vinda do Espírito e o seu próprio retorno. Esse outro Consolador, justamente allos e não heteros, outro mas não novo, quase o mesmo e porém manifestado de outro modo. Agora ele é biúnico, pois a ele se aplica a palavra relativa ao Espírito: “Para que ele permaneça eternamente em vós” e também a palavra relativa ao Cristo: “E eis que eu estou convosco para sempre, até ao fim do mundo”. O Paráclito é ao mesmo tempo o Cristo sobre o qual repousa Espírito e ele é o Espírito que revela e manifesta o Cristo, na sua inseparável simultaneidade e serviço recíproco.

Assim o Pentecostes começa a história da Igreja, inaugura a Parusia e antecipa o Reino, O Espírito integra-nos ao Corpo como os “co-herdeiros” de Cristo, faz-nos “filhos no Filho” e no Filho faz-nos encontrar o Pai. O Espírito de adoção opera a filiação divina e Santo Ireneu aplica à Igreja o nome de “filho de Deus”, filho adotivo do Pai.

Segundo 2 Cor 3,17-18 — “Pois o Senhor é o Espírito e, lá onde está o Espírito, está a liberdade. Nós todos que refletimos a glória somos transformados, como convém, à ação do Senhor, que é o Espírito” —, ao lado do Senhorio do Cristo, se estabelece o senhorio do Espírito. A identificação do Reino ao Espírito, freqüente nos Padres, refere-se a uma variante da oração dominical: em vez de “que venha o teu Reino”, lê-se: “que venha o teu Espírito Santo”. Esta invocação marca o último ato da salvação, o retorno ao Pai e a sua Senhoria suprema: “E quando todas as coisas lhe forem submetidas, então o próprio Filho se submeterá Aquele que tudo lhe submeteu, a fim de que Deus seja tudo em tudo”, “ele confiará a realeza a Deus Pai”. A noção de Igreja-Corpo passa para a noção de Igreja-Família, Igreja-Casa do Pai, à imagem da Trindade.

O Espírito Santo na Tradição Ortodoxa,
Editora Ave-Maria


Santos Constantino e Helena

Meditando com os Ícones: «Pentecostes»





Santos Constantino e Helena
 21 de maio (Calendário Ortodoxo) / 03 de Junho (Calendário Civil)




O Imperador Constantino, o Grande, era filho do Constâncio Cloro, que administrava a parte ocidental do Império Romano (Gália e Britânia) e Santa Helena, igual-aos-apóstolos. Pela ordem do Imperador Diocleciano, aos 18 anos Constantino foi retirado dos seus pais como refém, e viveu na corte de Nicomídia. Após a abdicação do Diocleciano, Constantino voltou para a Gália e após a morte do seu pai Constâncio, no ano de 306, foi proclamado imperador.

Graças à sua mãe, ele foi benevolente ao cristianismo. O seu pai, apesar de ser pagão, protegia os cristãos, pois ele percebeu, que os cristãos eram cidadãos fiéis e honestos. Quando Diocleciano ainda não perseguia os cristãos, em sua corte havia muitos deles nos mais variados cargos e Constantino teve a oportunidade de convencer-se da lealdade deles. Constantino presenciou todos os horrores da perseguição e a firmeza invulgar dos confessores de Cristo, o que também teve um grande papel na sua tolerância e benevolência para com eles. Mais tarde, Constantino disse que a sua permanência na corte do Diocleciano contribuiu muito para a sua conversão para o cristianismo: "Eu comecei a me afastar dos administradores, pois percebi a selvageria dos seus temperamentos."

Constantino era trabalhador e muito ativo, acessível a todos, generoso, previdente e perspicaz, podemos dizer que ele era um gênio mundial, e por todas estas suas qualidades a Providencia Divina o escolheu para empreender a maior reviravolta no seu império e no mundo todo.

O imperador Constantino durante o sua reinado lutava principalmente com três inimigos, e durante esta luta aos poucos, mas decididamente, resolveu se converter ao cristianismo.

No ano 308 ele foi vitorioso na luta contra o imperador Maximiano Hércules e se apressou a expressar a sua gratidão na forma de ricas oferendas à um ídolo no templo do Apolo. Neste ato se revelou o seu traço característico: embora sendo ainda pagão, ele era uma pessoa pia e estava convencido de que venceu só com a ajuda do céu.

No ano 312 surgiu uma nova guerra do imperador Constantino com o imperador Maxêncio, filho do Maximiano. Durante esta guerra, um pouco antes da batalha final, na parte da tarde, quando o sol já começou a se pôr, Constantino viu com os seus próprios olhos no céu uma cruz luminosa com a inscrição: "Com isto vencerás" (em grego: NIKA). Durante a noite, Jesus apareceu à ele num sonho com a mesma cruz e lhe disse, que com a cruz ele venceria o inimigo. No dia seguinte Constantino mandou fazer em todos os lábaros e estandartes do seu exército a imagem da santa cruz.

Vencendo Maxêncio, Constantino entrou em Roma com grande triunfo e lá na praça principal mandou colocar a sua estátua com uma cruz na mão e com a inscrição: "Com esta cruz salvei a cidade do jugo do tirano." Após esta vitória, o imperador Constantino junto com o seu genro Licínio publicou em Milão o primeiro edito, permitindo a todos se converterem a cristianismo. O segundo edito assinado por ele no mesmo ano de 313 mandava devolver aos cristãos todos os lugares de seus cultos, assim como os seus bens materiais, seqüestrados durante as perseguições.

Ao mesmo tempo, as relações amigáveis entre Constantino e Licínio começaram a deteriorar, passando a uma luta aberta. Esta guerra deveria decidir o destino dos cristãos no Império Romano, pois Licínio achava, que os cristãos orientais eram mais dedicados ao Constantino do que à ele. Assim Licínio começou oprimi-los, passando a uma aberta perseguição, mas Constantino era um defensor dos cristãos. Ambos imperadores começaram a preparar-se para uma guerra, cada um conforme a sua religião. Os oráculos profetizavam vitória ao Licínio, no entanto os cristãos rezavam pelo Constantino. Deus deu a vitória ao Constantino na batalha de Adrianópolis (322). Licínio perdeu o trono e a vida. Constantino virou único monarca do Império e o cristianismo venceu.

Imperador Constantino dedicou toda a sua vida ao bem da Igreja, pelo que mereceu o nome de "igual-aos-apóstolos." Desde o seu tempo, todas as instituições, leis, serviço militar eram dirigidos conforme os preceitos cristãos.

Podemos mencionar, além dos editos acima mencionados, as seguintes medidas e atos do imperador Constantino, em favor do cristianismo: ele aboliu os jogos pagãos (314), libertou o clero dos deveres cívicos e as terras da igreja dos impostos (313-315), aboliu a crucificação e promulgou uma lei muito severa contra os judeus, que se revoltavam contra a Igreja (315), permitiu libertar sem maiores formalidades os escravos que trabalhavam para as igrejas, o que antigamente era muito complicado (316), proibiu às pessoas particulares fazer oferendas aos ídolos pagãos bem como chamar oráculos para a sua casa, deixando este direito somente às associações (319), mandou em todo o Império festejar o dia de Domingo (321); defendo as virgens celibatárias, aboliu as leis romanas contra o celibato; conferiu à Igreja o direito de receber bens conforme o testamento das pessoas, permitiu aos cristãos o acesso às altas posições no governo, mandou construir igrejas cristãs e proibiu colocar lá estátuas dos imperadores, como era comum nos templos pagãos (325).

O imperador Constantino encontrava muita oposição em Roma, onde o paganismo era ainda muito forte. Esta oposição dos pagãos foi demonstrada principalmente durante os seus festejos de vigésimo aniversário do seu reinado e esfriou o seu interesse pela antiga capital do Império, até que, enfim, ele saiu definitivamente da Roma e fundou uma nova capital cristã junto ao estreito de Bósforo e chamou bispos cristãos para abençoa-la, dando-lhe o nome de Constantinopla. Nesta nova capital, no lugar dos templos pagãos começaram a ser construídas igrejas cristãs e no lugar de estátuas de ídolos pagãos eram colocados santos ícones.

O imperador Constantino revelou um grande interesse nas agitações causadas pelas heresias dos donatistas, principalmente de Ário, tentando de todos os modos reconciliar os que estavam divididos. Um dos maiores méritos dele foi a convocação do Primeiro Concílio Ecumênico na cidade de Nicéia em 325.
Apesar de que ele era devoto à santa Igreja, Constantino, de acordo com o costume daquela época, estava adiando seu batismo até os últimos dias de sua vida. Ao sentir a aproximação da morte, Constantino, demonstrando uma grande devoção por este importante sacramento, foi batizado e morreu em paz, quando orava, em 21 de maio de 337. A história agraciou ele com o epíteto "Grande." Por seus muitos serviços prestados ao cristianismo, a Igreja chama ele de igual-aos-apóstolos.


Tropário:

Senhor, o Teu apóstolo entre os reis viu no céu a imagem de Tua Cruz,
e o seu chamamento, igual ao de Paulo, não foi feito pelos homens,
e ele colocou a capital do seu reino em Tuas mãos. 
Por isso sempre o salvaste pelas orações da Theotokos, ó Único Benevolente.