Irmãos, sigamos os Magos, deixemos os nossos costumes pagãos. Partamos! Façamos uma longa viagem para vermos Cristo. Se os Magos não tivessem partido para longe do seu país, não teriam visto Cristo. Abandonemos também os interesses da terra. Enquanto estavam no seu país os magos só viam a estrela, mas, quando deixaram a sua pátria, viram o Sol da Justiça (Ma 3,20). Melhor dizendo: se eles não tivessem empreendido generosamente a sua viagem, nem sequer teriam visto a estrela. Levantemo-nos pois, também nós, e mesmo que toda a gente se espante em Jerusalém, corramos até ao local onde está o Menino.
Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe; e, ajoelhando, prostraram-se diante dele; depois, abrindo os cofres, ofereceram-lhe os seus presentes. «Que motivo os levou a prostrarem-se diante desta criança? Nada de assinalável quer na virgem, quer na casa; nem um Objeto capaz de ferir o olhar e os atrair. E, contudo, não contentes de se prostrarem, abriram os seus tesouros, presentes que não se oferecem a um homem, mas apenas a Deus – o incenso e a mirra simbolizam a divindade. Que razão os levou a agir dessa forma? A mesma que os decidira a abandonar a sua pátria, a partir para essa longa viagem. Foi a estrela, quer dizer, a luz com que Deus enchera o seu coração e que os conduzia, pouco a pouco, a um conhecimento mais perfeito. Se não tivessem tido essa luz, como poderiam ter rendido tais homenagens, se aquilo que viam era tão pobre e tão humilde? Se não há grandeza material, mas apenas uma manjedoura, um estábulo, uma mãe despida de tudo, é para que vejas mais nitidamente a sabedoria dos Magos, para que compreendas que vieram, não até um homem, mas até um Deus, seu benfeitor.
Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe; e, ajoelhando, prostraram-se diante dele; depois, abrindo os cofres, ofereceram-lhe os seus presentes. «Que motivo os levou a prostrarem-se diante desta criança? Nada de assinalável quer na virgem, quer na casa; nem um Objeto capaz de ferir o olhar e os atrair. E, contudo, não contentes de se prostrarem, abriram os seus tesouros, presentes que não se oferecem a um homem, mas apenas a Deus – o incenso e a mirra simbolizam a divindade. Que razão os levou a agir dessa forma? A mesma que os decidira a abandonar a sua pátria, a partir para essa longa viagem. Foi a estrela, quer dizer, a luz com que Deus enchera o seu coração e que os conduzia, pouco a pouco, a um conhecimento mais perfeito. Se não tivessem tido essa luz, como poderiam ter rendido tais homenagens, se aquilo que viam era tão pobre e tão humilde? Se não há grandeza material, mas apenas uma manjedoura, um estábulo, uma mãe despida de tudo, é para que vejas mais nitidamente a sabedoria dos Magos, para que compreendas que vieram, não até um homem, mas até um Deus, seu benfeitor.
São João Crisóstomo,
Arcebispo de Constantinopla.
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