Rm 10, 11–11, 2; Mt 11, 16–20 (Para ler os textos, clicar em cima das referências)
Contemplação do Evangelho de Cristo
“A que compararei esta geração?”
Inquietação e insatisfação são características marcantes de almas errantes, que desejam tudo e com nada se satisfazem. Em meio a esta turbulência interna soltam gritos de indagações e contestações a Deus e se queixam de sua ausência e do seu silêncio, responsabilizando o Criador pelos resultados de sua existência. Imaginem se passássemos a questionar os cientistas porque não vemos e não ouvimos os sons dos microorganismos. Eles nos diriam: o problema são os seus olhos e os seus ouvidos, porque a olhos e ouvidos nus, não se pode ver e nem se ouvir o som destes seres.
A alma só pode ver e ouvir a Deus quando se reveste da indumentária do desejo, pois Deus se revela a nós na mesma medida do nosso desejo por encontrá-Lo; não na medida da nossa curiosidade ou insana queixa, mas na mesma proporção da nossa verdade. Diz o salmista: “Perto está o Senhor de todos os que o invocam em verdade” Sl. 144:18 (145:18); e ainda mais “Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria” Sl 50:6 (51:6).
+ Mateus (Antonio Eça)
«Senhor, salva-nos!»
“Ó meu Deus, o meu coração é como um vasto mar agitado pelas tempestades:que ele encontre em Ti a paz e o repouso. Tu ordenaste aos ventos e o mar que se acalmassem e, sob a Tua voz, eles apaziguaram-se; vem apaziguar as agitações do meu coração, para que tudo em mim se torne calmo e tranquilo, para que Te possa possuir, Tu, o meu único bem, e Te possa contemplar, suave luz dos meus olhos, sem perturbação nem obscuridade. Ó meu Deus, que a minha alma, liberta dos pensamentos tumultuosos deste mundo, «se esconda à sombra das Vossas asas» (Sl 16, 8). Que encontre junto de Ti um lugar de renovação e de paz; e, repleta de alegria, possa cantar: «Deito-me em paz e logo adormeço, porque só Vós, Senhor, fazeis que eu repouse em segurança» (Sl 4, 9).
Que a minha alma descanse, peço-Te, ó meu Deus, que descanse da lembrança de tudo o que está sob o céu, que desperte unicamente para Ti, como está escrito: «Eu durmo, mas o meu coração vela» (Ct 5, 2). A minha alma só está em paz e em segurança, ó meu Deus, debaixo das asas da Tua protecção (Sl 90, 4). Que ela permaneça eternamente em Ti e que seja abraçada pelo Teu fogo. Que, elevando-se acima de si própria, Te contemple e cante alegremente os Teus louvores. No meio das inquietações que me agitam, que os Teus dons sejam a minha suave consolação, até que eu chegue a Ti, ó verdadeira paz.”
Oração do Bem-aventurado Agostinho, Bispo de Hipona (354 – 430 dC)
Fonte: ”EvangelhoQuotidiano”
SANTORAL (UMA TÃO GRANDE NUVEM DE TESTEMUNHAS)
19 de Junho (Calendário Juliano): São Judas, irmão do Senhor
Santo Hipácio, Abade
No subúrbio de Calcedônia, conhecido como «La Encina», que deu seu nome ao infame pseudo-sínodo que condenou São João Crisóstomo, certo funcionário consular, de nome Rufino, construiu uma igreja dedicada a São Pedro e São Paulo e, junto dela, um monastério. A comunidade monástica que ali viveu e que da assistência à igreja, teve o seu período de prosperidade, mas a morte do fundador causou a dispersão dos monges ficando, tanto o monastério como a igreja, abandonados e, logo conhecidos popularmente como abrigo de fantasmas e almas penadas. Como ninguém se atrevesse a entrar lá, os edifícios permaneceram abandonados por muitos anos, até que um santo asceta chamado Hipácio e seus dois companheiros, Timóteo e Mosquion, decidissem ocupá-los, depois de uma viagem a Bithynia que fizeram em busca de um lugar onde pudessem viver retirados. Habitando aquelas ruínas, em pouco tempo começou a chegar os discípulos, reunindo muito rapidamente uma grande comunidade que empreendeu a recuperação da igreja e do monastério. Hipácio governou o monastério por muitos anos e, depois de sua morte, o local recebeu o seu nome. Leia mais»
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